Braga Capital do Comércio pede autenticidade, inovação e excelência
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No âmbito da Semana da Economia de Braga teve, ontem, lugar, no Salão Nobre da ACB, a mesa redonda “Braga Capital do Comércio”. Numa perspetiva integrada na trilogia “Comércio, turismo e cultura: Uma nova visão para a Cidade de Braga”, entidades e empresários debateram o futuro da cidade, concluindo que é necessária uma forte aposta na autenticidade, inovação e excelência dos seus produtos e serviços para garantir o título de Braga Capital do Comércio, afirmando-a como um destino de compras no setor do turismo.
A sessão, moderada pelo jornalista João Luis de Sousa (Vida Económica), teve por oradores Carlos Oliveira (InvestBraga), Domingos Barbosa (ACB), Miguel Bandeira (CMB), Marco Sousa (Entidade de Turismo Porto e Norte) e Luis Ferreira (Especialista em Comércio) que apresentaram a sua perspetiva em relação à temática e responderam, posteriormente, às perguntas e comentários lançados pelo público.
O presidente da ACB, Domingos Macedo Barbosa, referiu a necessidade de termos um comércio mais unido e cooperante, destacando o papel da Associação Comercial enquanto catalisador de esforços e promotor de várias iniciativas conjuntas que têm alavancado a dinamização comercial na cidade.
Por sua vez, o vereador Miguel Bandeira sublinhou o crescimento de 21,2% que se fez sentir, entre 2013 e 2015, na área da reabilitação urbana e a importância da autenticidade, diferenciação e da coabitação ente comércio e habitação.
Carlos Oliveira, Presidente da InvestBraga, apresentou o comércio local como uma forte oportunidade em termos turísticos, na medida em que “o turista quer ver lojas que se destacam/diferenciam”. Acrescentou ainda que o Nova Arcada pode ser também uma oportunidade ao comércio de proximidade uma vez que se espera atrair cinco milhões de pessoas num ano, muitos dos quais espanhóis que podem visitar ou pernoitar na cidade. Uma razão que, aliada ao forte crescimento do turismo, leva a que “no Centro Histórico a questão das línguas seja fundamental. Precisamos melhorar a qualidade do serviço”.
Em representação da Entidade de Turismo Porto e Norte, Marco Sousa defendeu a dinâmica da cidade e o empenho que se tem sentido por parte de alguns empresários, nomeadamente, de restauração e turismo, reconhecendo ser necessária a elaboração de estratégias para uma maior promoção das ofertas da cidade.
Enquanto especialista em comércio, Luís Ferreira indicou que os principais agentes de ação na cidade devem ter a consciência de que “nos últimos tempos o mundo se tornou mais redondo e mais pequeno” e que a evolução da sociedade gerou uma procura constante de fuga à rotina, a qual suscitou o aparecimento de um novo tipo de turista que, embora mais low cost em termos de viagem, está disposto a pagar mais por serviços que lhe dão conforto, qualidade e segurança.
“O consumidor tem que ser estimulado e o comércio tem de ser de proximidade para captar o consumidor, apostando em fatores chave como a história, a atenção, o querer bem, a proximidade digital, o atendimento e o serviço.
“Muita gente percebe pouco e mal 0 novo consumidor e aqui o comércio digital tem um papel preponderante para um maior conhecimento dos seus clientes e para um maior e melhor acesso ao produto/serviço”.
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